MPOX: O Que Você Precisa Saber Sobre a Nova Ameaça Viral Que Está Despertando Alerta Global?
- Alessandra Cardoso
- 2 de set. de 2024
- 4 min de leitura
MPOX: Sintomas, Transmissão e Como Proteger Você e Sua Família Dessa Doença Emergente?

A MPOX, anteriormente conhecida como "varíola dos macacos", é uma doença viral rara que ganhou notoriedade recentemente devido a surtos em várias partes do mundo. Com o aumento dos casos e a necessidade de conscientização, é fundamental entender o que é a MPOX, como ela é transmitida, quais são seus sintomas e quais tratamentos estão disponíveis.
O que é a MPOX?

MPOX pertence ao grupo dos ortopoxvírus, o mesmo grupo que abriga o vírus da varíola.
A mesma foi descoberta pela primeira vez em 1958 em macacos de laboratório, o que originou o nome "varíola dos macacos". No entanto, o nome pode ser enganoso, pois os macacos não são os principais portadores desse vírus; na verdade, ele é mais comumente encontrado em pequenos mamíferos, como roedores.
Como a MPOX é transmitida?

No caso da MPOX pode ocorre por meio de contato direto com fluidos corporais, lesões na pele, ou secreções respiratórias de uma pessoa infectada.
Além disso, o vírus pode se espalhar por contato com objetos contaminados, como roupas, roupas de cama ou toalhas.
Um ponto importante é que, diferentemente de outros vírus que se espalham rapidamente pelo ar como uma brisa, a MPOX requer um "sussurro" muito próximo para passar de uma pessoa para outra. Isso significa que a transmissão acontece principalmente através de contatos próximos e prolongados.

Além disso, os animais também podem ser transmissores do vírus. É como se fosse uma "ponte" que conecta o vírus da natureza aos humanos. Em áreas onde a MPOX é endêmica, o contato direto com animais infectados ou o consumo de carne mal cozida de animais selvagens também pode levar à infecção.
Quais são os sintomas da MPOX?

Os sintomas da MPOX podem ser representado de forma diferente e em momentos específicos. Os sintomas iniciais costumam aparecer entre 5 a 21 dias após a infecção e podem incluir febre, dor de cabeça intensa, dores musculares, fadiga e linfonodos inchados, que são glândulas semelhantes a pequenas "sentinelas" espalhadas pelo corpo que incham quando há uma infecção.
Após alguns dias, entra em uma nova fase: o surgimento de erupções cutâneas. Essas erupções geralmente começam no rosto e depois se espalham para outras partes do corpo, como palmas das mãos, solas dos pés e, em alguns casos, genitais. As erupções cutâneas passam por diferentes estágios, começando como manchas vermelhas que evoluem para bolhas, e depois para pústulas cheias de pus, antes de finalmente se transformarem em crostas que caem. É um processo gradual que pode durar de duas a quatro semanas.

Como a MPOX é diagnosticada?
Pense no diagnóstico da MPOX como um detetive tentando resolver um mistério. O "detetive" aqui é o profissional de saúde que examina os "pistas" deixadas pelo vírus, como a história de exposição da pessoa, os sintomas apresentados e os resultados de testes laboratoriais. O teste mais utilizado para confirmar a infecção por MPOX é o PCR, que detecta o material genético do vírus em amostras colhidas das lesões cutâneas.
Quais são os tratamentos para a MPOX?
O tratamento da MPOX pode ser comparado a "equipar uma armadura" para ajudar o corpo a se defender melhor contra o vírus. O tratamento da MPOX está voltado principalmente ao alívio dos sintomas.
Não há tratamento seguro e comprovado para a infecção pelo vírus da MPOX.
Os medicamentos antivirais tecovirimat, cidofovir ou brincidofovir podem ajudar, mas eles ainda não foram estudados como tratamento da MPOX
Manual MSD
A maioria dos casos de MPOX são leves e requerem apenas tratamento sintomático, como o uso de analgésicos e antitérmicos para aliviar a febre e a dor, bem como o cuidado adequado das lesões na pele para evitar infecções secundárias.
Imagens retiradas do site Manual MSD
A erupção cutânea da MPOX se assemelha à da varíola. Antes do surto de 2022, a erupção cutânea muitas vezes começava no rosto e se espalhava para outras partes do corpo, incluindo as palmas das mãos e plantas dos pés. As lesões cutâneas em qualquer parte do corpo eram semelhantes e aglomeradas.
No surto global de 2022, a erupção cutânea muitas vezes começava na genitália, na boca ou em regiões próximas a elas, é frequentemente dolorosa e pode não se espalhar ou progredir conforme os estágios comuns. Manual MSD.
Em casos mais graves, especialmente em pessoas com sistema imunológico comprometido, podem ser usados antivirais, como o Tecovirimat, que foi inicialmente desenvolvido para o tratamento da varíola e demonstrou alguma eficácia contra o vírus da MPOX.
A prevenção é a melhor estratégia
Quando pensamos em prevenção, podemos imaginar um "escudo protetor" que impede o vírus de entrar em contato com o nosso corpo.
Medidas preventivas, como evitar o contato próximo com pessoas infectadas, usar equipamentos de proteção individual, como máscaras e luvas, e higienizar regularmente as mãos com água e sabão ou álcool em gel, são estratégias eficazes para reduzir o risco de infecção.

Além disso, existe uma vacina chamada JYNNEOS e ACAM2000, que foi aprovada para a prevenção da MPOX. A vacinação pode ser uma opção para pessoas que foram expostas ao vírus ou que estão em risco de exposição, como profissionais de saúde ou aqueles que viajam para áreas onde a MPOX é endêmica.
A importância da conscientização e da resposta global
A pandemia de COVID-19 nos ensinou a importância da resposta rápida e coordenada para conter surtos virais. Da mesma forma, a resposta global à MPOX tem sido fundamental para evitar a disseminação da doença e minimizar seu impacto. Governos, organizações de saúde e comunidades estão trabalhando juntos para aumentar a conscientização, promover a vacinação e garantir o acesso a cuidados médicos para aqueles que precisam.
Conclusão
A MPOX é uma doença que, embora rara, requer atenção devido à sua capacidade de se espalhar através de contatos próximos e pela sua semelhança com a varíola. Conhecer a maneira como ela é transmitida, seus sintomas e os tratamentos disponíveis é fundamental para garantir que todos estejam preparados e possam tomar as medidas necessárias para se proteger.

Texto de caráter informativo, ele não substitui a consulta com especialistas. Atenciosamente Alessandra Cardoso, enfermeira e terapeuta.

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Boa matéria