De vendedor de picolé a gerente de uma multinacional
- Alessandra Cardoso
- 6 de jun. de 2020
- 3 min de leitura
Atualizado: 9 de jun. de 2020
Hoje vou contar a história é de um ser humano incrível que tive a oportunidade de conhecer. De vendedor de picolé a gerente de uma multinacional. Por ser uma pessoa reservada, vamos tratá-lo como o otimista. E é assim mesmo que ele se define.A caminhada nem sempre é fácil, quantos desafios encontrados no percurso.
Lembrando de sua infância, tendo uma boa condição financeira, como seu pai sendo gerente em uma grande empresa que é referência no Brasil, sempre prezou por ter seu dinheiro, vendeu verduras, e mais tarde trabalhou como ajudante de mecânico. Esse garoto não era nada preguiçoso.
A vida ficou difícil quando o seu pai foi mandado embora do serviço, ficou doente, e não havia feito uma reserva de emergência. Quando mudou de cidade, começou a vender picolé, infelizmente ganhava trocados, porém estava contente de poder ter um pouco, que é melhor do que não ter nada. A vida muda de uma hora para outra, isso é um fato incontestável.
Quando adulto, começou a trabalhar em rede de supermercados, como segurança noturno. Embora feliz de poder trazer alimento para casa, não estava satisfeito, por que sabia o seu potencial, visto que é uma pessoa comunicativa, gosta de interagir com outras pessoas, se sentia triste, e queria apenas uma chance para mudassem de setor.
Muitos chefes preferem contratar pessoas de fora da empresa ao invés de dar uma chance para um colaborador. Que bom que esse pensamento arcaico está mudando. Mas seu maior desejo, era mudar de setor, até porque o trabalho noturno era todos os dias, e já estava ficando exausto. Não a nada melhor que uma noite de sono, dormir durante o dia não é a mesma coisa.
Depois de anos pleiteando uma vaga, conseguiu ir para o dia, e assim passou por vários setores da loja, como frente de caixa, analista de credito e supervisor. Infelizmente algumas organizações, deixam de ser referência por causa dos seus gestores. Os mesmos não conseguem falar a mesma língua, e por querer caminhar por outros caminhos pediu para sair.
A sua esposa ficou preocupada, afinal tinham uma filha pequena. Sem medo e com a cara e a coragem, foi viver seus desafios, e com o passar do tempo, ficou claro que a sua decisão foi a melhor. A empresa enorme faliu, e muitos de seus colaboradores estão até hoje para receber seus direitos.
Uma das qualidades desse homem fascinante é a humildade. Fez um pouco de tudo, até foi cavar poço, e foi em uma dessas ocasiões, que conheceu um colaborador que trabalhava em uma multinacional, pediu para o mesmo levar seu curriculum e menos de uma semana foi chamado para trabalhar como terceirizado, e menos de um mês, começou a fazer parte do quadro da empresa.
Se tornou líder, depois supervisor regional e hoje gerente administrativo. Claro esse processo foi em torno de anos. Recordando quando foi participar de um Trainee, a analista de RH, mencionou que não tinha o perfil porque era muito otimista e que as vezes isso não é bom. Outras vezes julgado pela cor, por cargo ocupado, como se quem fica na operação não fosse capaz de estar em um cargo estratégico.
Mas uma das maiores conquistas foi ouvir seu antigo chefe mencionar, outrora não simpatizante, e não facilitador no ambiente de trabalho dizer que, para onde fosse, realizaria um excelente trabalho.
E hoje trabalhando no setor, faz a diferença porque acredita no potencial de cada um e não costuma jugar pelo que aparenta ser, mas trabalha em base de evidencias, por que acredita que todos podem fazer a diferença por sermos ímpares.
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