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Vida de Estudante em: Entre Sonhos e Realidades



Senhoras e senhores, autoridades presentes, coordenador do curso de Enfermagem, queridos mestres, pais e amigos. BOA NOITE!

Que felicidade estarmos aqui hoje para celebrarmos nossa vitória! Nesse momento, a voz fica embargada e as palavras parecem insuficientes porque nenhuma delas é capaz de traduzir a intensidade dos sentimentos que vivenciamos agora. Diante de tantas sensações e emoções, tentarei fazer da minha voz, a voz de cada um dos meus colegas.

Nessa noite memorável quero relembrar nossa trajetória acadêmica... Chegamos a Unidesc cheios de sonhos, entusiasmo e expectativa de logo usar um jaleco branco. A partir daquele dia, pessoas semelhantes ou completamente diferentes uniam seus caminhos para trilharem em busca de um sonho comum: sermos Enfermeiros. O primeiro semestre foi recheado de alegrias, risos e muitas fotos. Éramos uma turma com 29 meninas, 29 pau de self e o Sávio. “Rsrsrsrs bendito o fruto entre as mulheres”. Mas havia algo que não sabíamos: éramos todos, absolutamente ingênuos. Ingênuos, porque nenhum de nós tinha a real noção da transformação que estava por vir.

Cada dia que se passava ficávamos mais ansiosos, pois um semestre tinha se passado e estávamos mais perto do nosso sonho. No segundo semestre enfrentamos as primeiras dificuldades nos deparamos com novas tecnologias, metodologias complexas e textos eloquentes, ali percebemos que o semestre seria difícil, teríamos que estudar dobrado na tentativa de compreender a complexidade biológica e molecular dos seres humanos e patógenos, éramos forçados a exercitar a nossa capacidade de abstração. _ SIM falo das matérias do professor Victor e da professora Gabriela.

O tempo foi passando, novos semestres, alguns desistiram, outros escolheram novos caminhos, mas nós permanecemos com muita garra e dedicação. Adquirimos maturidade porque descobrimos que o caminho a ser trilhado seria longo e que exigiria sacrifícios, mas trazíamos a esperança no peito e a certeza de que o nosso sonho seria o bastante para suportarmos todas as dificuldades, só não imaginávamos que a complexidade e exigência poderiam pior. Em um único semestre tínhamos aulas com o Cristiano Drumond, Josivan e de quebra Luciene, o medo de reprovar era gritante. Foi aí que montamos o grupo de estudos, abrimos mão das festas com os amigos e reuniões familiares porque não havia tempo para festejar, pois para ser um Enfermeiro requer dedicação total e exclusiva aos estudos. Às vezes pensávamos em trazer as nossas malas para a Unidesc, afinal passávamos mais tempo aqui do que em casa. E quando estávamos em casa trocávamos as noites de sono por noites de estudos.

Enfim chegou o tão sonhado último ano, descobrimos que podíamos usar roupa privativa em alguns setores _ PENSAMOS: UFFA VAMOS ECONOMIZAR O DINHEIRO QUE GASTAMOS COM VENICHI E VAMOS GASTAR TUDO NA PADRE CÍCERO. A nossa carga horaria era extensa, além das aulas tínhamos 800 horas de estagio, 320 horas complementares, estudos de casos, o tão temido TCC, ENAD e alguns ainda conseguiam escrever artigos para publicação, participar de grupo de pesquisa e viajar para congressos. Muitas vezes chorávamos, pois, estávamos exaustos, ficávamos de pé a base do café e do energético. Mais em meio a um turbilhão de sentimentos nos deliciávamos com a prática de enfermagem no estágio, cada dia que se passava ficávamos mais apaixonados pelo profissional que estávamos nos tornando, cheios de questionamentos e cede de conhecimentos para melhor servir o ser humano, afinal anjos não são apenas aqueles que tem asas, muitos usam um jaleco.

Hoje somos 6 sobreviventes guiados pelo amor Deus, dos nossos familiares, dos mestres, orientadores e principalmente da nossa força de vontade e persistência. Posso afirmar que tudo que passamos valeu a pena! Cada sorriso que recebemos de uma criança, um obrigado de um idoso, um até logo com aqueles olhos brilhando de uma gestante... isso não tem preço.

Fizemos amizades que levaremos por toda a vida mesmo sabendo que nossos caminhos poderão ser distintos, fica a certeza de que estaremos ligados pela lembrança dos anos compartilhados.


"Enfermagem é a Arte de Assistir o ser humano!( Drº. Wanda Horta)


Sabemos que a batalha que se iniciará não será fácil, pois o profissional de Enfermagem dentro do contexto da saúde, cuidar do ser humano, exige necessariamente um olhar para a dimensão total do ser, inclusive de sua essência existencial. Segundo a brasileira Dra Wanda Horta, Enfermagem é A CIÊNCIA E A ARTE de assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades básicas. Ou seja, assume um papel cada vez mais decisivo e proativo no que se refere a identificação das necessidades de cuidado da população, bem como na promoção, prevenção, reabilitação e recuperação da saúde dos indivíduos em suas diferentes dimensões.

Hoje deixo o desejo de que não percamos essa nossa essência de amor, que é a vontade de ajudar as pessoas, a nossa garra, o brilho no olhar, o sorriso, a gentileza, empatia e claro o conhecimento e a técnica. Hoje ainda somos expectativas, sonhos, emoção e mais uma mistura de vários sentimentos, dos quais se destaca a SAUDADE. Sabíamos que chegaria esse dia, em que o riso e o choro estariam na nossa face ao mesmo tempo e que as palavras seriam silenciadas pela emoção.

Emoção de saber que a Enfermagem é a arte do cuidar e nós somos os artistas dessa ciência complexa e indispensável na saúde. SAÍMOS DAQUI CONVICTUS QUE NÃO SOMOS APENAS MAIS UM ENFERMEIRO E SIM ENFERMEIROS DE SUCESSO!!!

OBRIGADA!!!



Orador de Enfermagem Erica Pereira de Sousa

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